PLANO DE METAS DO ESPÍRITO

Não existe um lugar certo para ser cristão e para andar no Espírito. O apóstolo Paulo diz em Gálatas 5:25 que “se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito”. E isso vale para qualquer lugar, inclusive seu trabalho, sua empresa. 

Não necessariamente existem grandes diferenças entre o fruto do trabalho de um cristão e o de um não-cristão. Muitas vezes, para tristeza nossa e de toda a família cristã, existem não-cristãos que até mesmo produzem muito mais que os cristãos. Mas existe algo no qual deveríamos ser perceptivelmente diferentes: nas nossas relações. Entenda! O que basicamente difere um profissional cristão de um não-cristão é a presença do Espírito. E a área mais sentida, mais beneficiada pela presença cristã no ambiente profissional é exatamente a de relações interpessoais. Lembre-se, e já comentei aqui, que nós vivemos para o outro. Deus nos chama para nos relacionarmos. E é exatamente nos relacionamentos que o Senhor Jesus se manifesta, a ponto de ter assegurado que estaria presente onde DOIS ou TRÊS estivessem reunidos em o nome dEle.
Mas como saber se estamos fazendo exatamente essa diferença? Como saber se o que estamos fazendo pode ser percebido como a inigualável diferença que Cristo, e a presença de Seu Espírito, devem trazer para nossos ambientes de trabalho? Quero lhe propor um check-list de auto-avaliação, de forma que você possa avaliar qualitativamente sua performance cristã no trabalho.
Veja bem, se você tem mecanismos de controle e autogestão para aferir várias áreas de sua vida profissional e da performance de sua empresa ou sua atividade, por que não também de sua vida cristã? Balance scorecard, plano de ação, plano de metas estão aí para isso. E o plano de metas do Espírito também. Ah, nunca tinha ouvido falar nele? Pois bem, ele está em Gálatas 5:22. É tão soberano que Paulo chega a dizer que contra ele não existe lei. Portanto, é inquestionável! Vamos a ele?
1) Amor – Nada pode ser mais transformador e construtivo nas relações do que envolvê-las em amor. Ele é o vínculo da perfeição. Você tem amado seus colegas, superiores e liderados? Eles têm SENTIDO isso?
2) Alegria – Se seu ambiente espelhasse você, o que perceberíamos: alegria com a sua presença ou desapontamento e tristeza? O que a face das pessoas exprime quando seu nome é citado?
3) Paz – Paulo afirmou que “se possível, tende paz com todos os homens”. Sua forma de falar, de se comunicar, de pedir, de ordenar é pacífica, ou rude, agressiva? Você, nos impasses, busca o entendimento ou incita a querela, o embate?
4) Longanimidade (paciência) – Você sabe esperar, sabe deixar que a verdade venha à tona antes de agir? Você dá o tempo necessário para as pessoas experimentarem o aprendizado, para só depois cobrar os resultados? Quando você pede e acerta um prazo, espera pelo prazo final?
5) Benignidade (amabilidade) – Você é bom caráter, benévolo, humano, bondoso, cortês, prestativo no tratamento com os outros, complacente, generoso, benevolente?
6) Bondade – Essa é muito simples. Você é bom? Você se doa, se entrega à causa do outro, defende o outro quando ele é passível de tal? Seus colegas se sentem protegidos e acolhidos por você?
7) Fidelidade (fé) – Às vezes, pessoas entendem distorcidamente isso. O que anda no Espírito é fiel à justiça, à ordem, ao amor e coloca tudo isso acima dos interesses pessoais. Você faz isso?
8) Mansidão – Isso não tem nada a ver com ser omisso e ser submisso. Você consegue ser enérgico e efetivo, sem precisar com isso destruir os relacionamentos?
9) Domínio próprio – Você domina suas emoções, seus rompantes, para depois não precisar se arrepender das mágoas geradas, das palavras mal ditas, das feridas abertas?
Que tal aplicar isso com regularidade e em toda a empresa? Que tal pedir que seus colegas o avaliem de acordo com esses critérios? Prepare-se. Existe a possibilidade de que você não receba como resposta o que tanto esperava ouvir. E, mais do que nunca, precisará expressar todos os pontos acima. Ore por isso e frutifique nEle. Faça a diferença. Amém?

FONTE: REVISTA ENFOQUE   COLUNISTA Paulo Angelin